domingo, 22 de dezembro de 2013

O Sol






Tão belo pássaro, indômito e glorioso...
Num desafio sereno e desarmado
invoca os deuses no traço majestoso,
descreve a vida num arco caprichado

Que poesia na luz dessa alvorada,
passeia alada, incólume e se adestra?
Se a fantasia esconde a mágica encantada,
de sapiência natura então se infesta.

Pura heresia olvidar que então se encerra,
a travessia que se esconde bem adiante.
Pois se anuncia, onde encontra céu e terra
a poesia pura e casta do horizonte.

E se recolhe taciturna a passarada,
se manisfesta inculta, oculta face que não vê.
E em romaria, abrasando nuvens pasmas
descansa as lavas misteriosas do viver.
George Arribas
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Poema de Pelúcia


Contemplo a dor de uma existência aflita
que fita o amor com insistência do alvo errado.
Mundo cinzento no concreto que limita
o horizonte sem a beleza do ‘pecado’...

Seja o meu verso de pelúcia um desvairado
enlouquecido pela força de uma canção,

que exalta o amor dos poetas enamorados,

movido apenas pela força da paixão.

George Arribas







terça-feira, 29 de outubro de 2013

Meu Pai


 
Por tantas vezes me velasse o sono,
por tantas vias me levasse nos teus braços...
Por tantas vezes me vestisse nos teus sonhos,
por tantos dias de alegria em teus abraços...

Por tanta luz, junto a Deus na eternidade,
serás estrela, e serás sempre a de mais brilho...
Brilhando sempre um poema de saudade,
por tantas vezes que chorar teu filho !

George Arribas

domingo, 27 de outubro de 2013

Sem Destino



Não sei porque não percebi,
que te lembrar só me consome,
talvez exales ainda aqui,
o aroma que o amor esconde...

Não sei porque não te esqueci,
e preferi noites insones...
Não sei porque eu te menti,
se te perdi pra mim mesmo, no teu nome...

George Arribas
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Desencontro



O que diria de mim, meu coração
e sentiria por mim nos olhos meus,
se eu lhe negasse o ar de uma paixão,
e a uma grande amor então, dissesse adeus...

O que faria enfim, minha emoção
de passear sem fim com os sonhos meus,
se eu lhe partisse as asas da ilusão,
descolorindo tudo em todos os sonhos teus...

O que teria em mim ainda então,
se a alegria do amor eu me neguei,
se preferi colher a dor e a solidão,
não permitindo o amor que tanto amei...
George Arribas
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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Diria...

 

Quero dizer que te quero sempre mais,
como nunca fui capaz de dizer
o quanto eu quero...

Dizer que te espero como um nunca mais,
porque ninguém jamais te esperou
como eu te espero...

 Dizer que eu viveria mil vidas mais
mil vezes mais pra ser capaz,
de teu amor puro e sincero...

 Se for amor,
que seja então o amor do amor demais...

Sentindo em mim o teu calor,
sorrindo em mim a tua cor,
vivendo em mim a tua paz !
George Arribas
 

 
 
 
 


terça-feira, 4 de junho de 2013

Amor Travesso

 

É o tempo que fere e que afiança
a sombra de uma dor que eu não mereço...
Entristecida, passeia então minha lembrança,
como herança de um amor só e travesso...

Se me chegasse a poesia procurada,
e eu me perdesse entre os seus versos por engano...
Que me levasse enganado e me enganando,
entre os quintais de um amor que não esqueço.

Estaria o tempo por fim determinando,
o momento como um inútil mensageiro...
Como um vento passado se passando,
como fútil, velho, frio e sorrateiro.
George Arribas