terça-feira, 31 de março de 2009

Graça Plena

Teu povo perseguido...
Tu abriste o mar
E a terra prometida em paz pode alcançar
Senhor!
Em minha vida Tu fizeste assim
Senti em meus desertos Tua mão em mim

As tempestades e aos ventos,
Tu fizeste ouvir
A tua majestade e o poder que há em ti
Senhor !
Em minha vida Tu fizeste assim...
Ouvi a voz do Teu amor chamar por mim

Senhor!
Tua graça é plena
Senhor!
Tua graça é plena

Sinais e maravilhas sempre deixarás
Deus meu e Rei dos Reis eu sei que voltarás.
Em minha escuridão deixaste a Tua luz
E em meu lugar Senhor, Te ofereceste à cruz

Senhor!
Tu és o mesmo nunca mudarás
Os corações humildes Tu exaltarás
Senhor de minha vida eu Te quero sim
Andar por Teus caminhos Jesus, até o fim
George Arribas

segunda-feira, 30 de março de 2009

Facetas

No dia em que me viste lançaste tuas melenas
Na noite desfiaram minhas visões morenas
De dia me iludiste com vozes tão amenas
De dia tu me enganas - De noite tu me acenas

De dia só vestígio de mágoas que tu encenas
Marcando teus prodígios com lágrimas pequenas
E digo que tu miras desilusões apenas
De dia tu te esganas - De noite me condenas

De dia tu agastas
De noite tu contendas
As noites viram dias os dias mil arenas
Ainda me perguntas se avulto as tuas prendas
De dia tu te inflamas - De noite tu não lembras

Um dia enternecido mesmo que às duras penas
Levantarei meus gritos na intenção que aprendas
Que um dia teus fetiches mancharam minhas agendas
Que partas tu de dia e nunca mais que venhas...
George Arribas
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quinta-feira, 26 de março de 2009

Menino do Lixo



Embalado nos braços do abandono

A cada estrela que vi eu perguntei

O meu rumo, meu destino, meu engano

O meu pecado, minha vida – onde eu errei?


E jogado aos cantos porcos, maus e imundos

Pela luz da indiferença me guiei

No lodaçal, os meus sonhos mais fecundos

e nas sarjetas da vida eu me criei.


Endurecidos corações, tamanho é o preço

que permaneço à pagar vivendo assim.

Nos açoites do mundo o meu começo,

que mais então deverá chamar-se fim?

George Arribas

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quarta-feira, 25 de março de 2009

Lembrai-vos...

Lembrai-vos, ó meu senhores!

Dos cálices, dos álibis, das cores...

Dos cálidos entornados em vis licores

Das flores...

Dos segundos...

Dos primeiros...


Lembrai-vos, ó meu senhores!

Dos fortes crepúsculos dos amores

Dos fracos...

Dos rastros...

Dos rumores...

Das sombras e das luzes que se apagam...


Lembrai-vos, ó meu senhores!

George Arribas

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Modinha

Moda que avista a poeira
Avisa a primeira manhã do lugar
Moda que alisa fagueira
A dor que incendeia a fogueira que há

Moda, cantiga, fogueia
E acende a candeia do tempo de lá
Moda, modinha, trincheira...
A vida é ligeira - não dá pra esperar
George Arribas
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sexta-feira, 20 de março de 2009

Anômalo

Quando estarrecido sobre o leito...
Lembro e descubro o vulto impetuoso de meu tempo
No mesmo instante entre os meu dedos
Vem num gesto afoito o grito do sussurro
E nos meus nervos a dor que abriga todo o escuro

Quando estarrecido sobre o leito...
Recordo o verso meu anômalo
Procuro formas que se façam mais despidas
E levo mais perto ao leito as horas idas
Como vestígio desse meu malogro
George Arribas
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segunda-feira, 16 de março de 2009

Oceanos...

Foi um velho sonhador que apareceu um dia...
Pousado sobre a areia que o mar entardecia
Mirava o seu olhar além do que havia
Corria em sua veia o amor - que o amor desconhecia

Beijava um beija-flor e a flor que mais queria
Indiferente a tudo que a saudade lhe sorvia
Cobria de eternidade a verdade que partia
E sorria para uma estrela quando a noite se movia

Foi um velho sonhador que um oceano ardia...
Pousado eternamente no olhar que mais sorria
Desconhecia a cor que a noite conhecia
Que não sabia a dor da dor que não sabia

Foi um velho sonhador um dia...
George Arrbas
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quarta-feira, 11 de março de 2009

Última Página


Último dia
Último canto
Última hora

Último fato
Último ato
Última cor

Último manto
Último pranto
Última forma

Última cena
Último tema
Última página!

George Arribas
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segunda-feira, 9 de março de 2009

Pedaços...

Quando o presente - um dia já distante...
Quero o futuro
A eternidade simplesmente...

Quero com poesias deixar minha semente
E que ele brote encantando o mundo
Assim nos dias não estarei ausente

Quando um dia surgir à minha frente
Me tomando pela mão a morte...

Peço apenas que não deixes ter chegado o fim.

Lembrando um verso...
Serei mil versos
No universo de cada pedaço de mim
George Arribas
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quarta-feira, 4 de março de 2009

Teus Sinais

Melhor assim que eu não te veja
Melhor que eu não te veja nunca mais
Que eu não te veja nos caminhos que despejas
Todos meus sonhos sozinhos - nada mais...

Melhor assim e que assim seja
Porque fareja em mim todos os teus ais
Como um sem fim é ruim pra mim que tu estejas
Por perto abrindo caminhos sempre iguais

Melhor que o fim pra mim é que tu sejas
Até o fim e apenas só meus irreais
Melhor pra mim assim que o fim não vejas
Que esqueci em mim os teus sinais
George Arribas
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