quinta-feira, 26 de março de 2009

Menino do Lixo



Embalado nos braços do abandono

A cada estrela que vi eu perguntei

O meu rumo, meu destino, meu engano

O meu pecado, minha vida – onde eu errei?


E jogado aos cantos porcos, maus e imundos

Pela luz da indiferença me guiei

No lodaçal, os meus sonhos mais fecundos

e nas sarjetas da vida eu me criei.


Endurecidos corações, tamanho é o preço

que permaneço à pagar vivendo assim.

Nos açoites do mundo o meu começo,

que mais então deverá chamar-se fim?

George Arribas

Posted by Picasa

5 comentários:

  1. Poetinha
    que essa tua fonte de inspiração não se esgote nunca, esse teu poema traduz o lixo do meu coração
    bjs,
    MT

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  2. Belas palavras para descrever algo tão triste que vemos todos os dias!
    Parabéns!!

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  3. Belas palavras, que triste ver nossas crianças numa situação dessas.

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  4. Poema forte...retrata objetiva, sintética e poeticamente uma triste realidade.

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  5. Mando um recado de Che Guevara para o menino do lixo: "Há que endurecer-se, porém perder a ternura, jamais!" A vida açoita de diferentes maneiras, pobres, miseráveis e ricos. Pela pouca espiritualidade que possuo, entendo que estamos em constante resgate, não sei de que, por que, nem a quem. Não nos é permitido saber, nem talvez questionar, quem sabe? Só sei que penso, logo existo, sinto e amargo as realidades sociais como a que nos transmite. Sejamos otimistas e nos esforcemos por um futuro melhor para a humanidade. Difícil, mas não impossível. Texto profundo e sentimental, gostei muito!
    Abraços.
    Enviado por Jotaerre (Recanto das Letras)

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