terça-feira, 15 de maio de 2018

Funeral do Tempo


Definha o tempo e ao vendaval se entrega,
trôpega nau navega pelo temporal...
E sem escolha, voa aos mares que renega,
nega o que mais quisera, veste o seu próprio mal

Deita a esperar então, pelo o que não mais espera,
réstia da agonia louca do seu irreal...
Já não lhe resta mais a flor da primavera,
só uma quimera triste, assiste o seu funeral! 

George Arribas

Um comentário:

  1. Teus poemas são encantados,fascinantes, repletos de grandiosa beleza.
    Deleito-me com muito gosto.

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