sábado, 18 de fevereiro de 2012

Estranho Alado



Esse canto é corte, é morte, é sanha
desbotando em meu leito um feio trato...
Uma loa valente, que arde e inflama,
as entranhas do peito estupefato...

Como saga de uma flor que assalta e assanha,
possuindo os amores que eu rechaço...
Estilhaço que fere, arrega e arranha,
a façanha aturdida em descompasso.

Uma  face sem cor de dor tamanha,
debruçada no espelho do abstrato...
Que transforma saudade em coisa estranha,
e exala em meu leito estranho extrato...
George Arribas

8 comentários:

  1. Pura Inspiração
    abraço,
    Luiz

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  2. TÁ FICANDO FEITO VINHO AMADO POETA, VAI ENVELHECENDO E MELHORANDO MAIS E MAIS.
    FORTE E SAUDOSO ABRAÇO MEU IRMÃO.

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  3. Adorei este poema!
    Coisa mais linda.
    BJS
    Geísa

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  4. Carla Temporão ( Lisboa / Portugal)23 de fevereiro de 2012 às 20:33

    Intenso e arrebatador, diria. Qual o sentimento que o poema "exala", George?
    É bom ou mau? Amor ou desprezo? Repugnância ou vontade?
    "Dor de cotovelo" ou saudade?
    Estranheza/indefinição ou clarificação das ideias e sentimentos?
    Mas para mim é retratada a dualidade, como em tudo na vida...estarei errada?

    Bjs
    Carla Temporão

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  5. Rivaldo Moura (Salgueiro-PE)23 de fevereiro de 2012 às 20:39

    Poeta Arribas,
    Parabéns, você me lembrou o Paraibano Augusto dos Anjos.

    Abraço,
    Rivaldo Moura

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  6. Poema forte e intrigantemente bonito, melódico, hermético e enigmático.
    Uma toada que faz chorar o espírito do poeta ...
    Belíssimo trabalho!
    Cláudio

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  7. Adorei ! Suas poesias são maravilhosas, seu estilo é fantástico.
    Viva a verdadeira arte !
    Júlia

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  8. Poema lindo e melodicamente perfeito.
    parabens !!!
    Sylvia de Lima (RJ)

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