Recanto do Poeta: Quadro Negro

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quadro Negro

Negro é o fundo, a imagem da janela...

O meu olhar por ela
corre à margem do segundo

Nela o meu instante é mais preciso
voar como indiviso...
Nuvens minha passarela...
George Arribas

4 comentários:

Fábio Bonfim (BA)24 de junho de 2011 às 22:43
Em cada novo verso um invejável universo de inspiração poética.
Parbéns poeta!
Fábio
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Cynthia de Oliveira Lima (PE)29 de junho de 2011 às 08:38
Esse poema de alguma forma remete a insustentável leveza do ser de M.Kundera.
Gostei demais.
Parabéns.
bjocas,
Cy
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marli puglielli5 de setembro de 2011 às 13:01
lindo fantástico....não só o poema como a gravura que escolheu para completar o poema... parabéns
beijos em seu coração de poeta
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Anônimo28 de setembro de 2011 às 01:44
magnifico!
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Poetas

A poesia toca todas as coisas, insinuando-se no universo de atividades, visões, gestos, projeções e desejos.

Através da palavra poética, as imagens que se quer divulgar tomam formas que flutuam entre os sentidos e, explodem numa revelação.

Poesia é uma forma de dizer, de expressar óticas mais sensíveis que fixam, no comum das vezes, a mensagem sutil mas não menos poderosa que os vates pretendem transmitir.

O mundo respira poesia, e o que existe por todos os séculos além é a poesia, espiritualidade das coisas e o poeta interprete dessa espiritualidade, por isso os poetas estão alinhados entre os restauradores do sentido da vida, pela capacidade de um diálogo em profundidade com os que têm fome e sede de uma palavra duradoura.

Poetas são como porta-vozes de um mundo sem voz, abafado pelas distorções dos prepotentes que pretendem domesticar e manipular a vida a seu bel-prazer.

Poetas tem cheiro de colo de Deus, tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na terra. Ao lado deles, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.

Poetas conjugam o verbo da emoção e do existir no modo presente, futuro e eternamente...

Que o Poeta dos Poetas conduza a minha caminhada até a manhã do dia perfeito e, que eu me apresente diante do trono com as mãos limpas e com o coração digno, para repetir o mais belo poema de todo o cosmo: ‘Combati o bom combate, acabei a careira, guardei a fé!’

George Arribas