quinta-feira, 5 de julho de 2012

Poeira


Trago no peito a poeira do caminho
transformada em lápide do passado
marca do tempo que refaço e avizinho
como uma sombra decalcada no traçado.

Os meus olhos seguem imagens em desalinho 
colando réstias e vultos em meus pedaços
escasseados retraços que adivinho
desatados e sozinhos em cada laço.
George Arribas